Descubra como uma criança com autismo vê o mundo

Descubra como uma criança com autismo vê o mundo

Não é fácil imaginar como outras pessoas veem ou sentem o mundo. É ainda mais complicado imaginar como uma criança com autismo vê o mundo, como ela percebe o mundo, como sente as coisas, o que ela pensa quando as coisas ao seu redor acontecem.

Não é simples se colocar no lugar de outras pessoas, mas você pode tentar e conseguir fazer isso. É importante saber como uma criança com autismo vê o mundo para entendê-la um pouquinho melhor. 

Os estímulos e o autismo

As crianças com autismo enfrentam muitos obstáculos diários, não somente na sua vida, mas na sociedade em que estão inseridas. Elas não sabem entender como sentem ou como veem o mundo que as rodeia.

A situação mais comum para você pode ser uma situação muito estressante e conflitiva para uma criança com autismo, como, por exemplo, ir a um shopping ou entrar em lojas com grande fluxo de pessoas. 

As pessoas com autismo são muito sensíveis a todos os estímulos que recebem do ambiente ao seu redor. Quando elas recebem muitos estímulos sensoriais, podem se sentir desorientadas, sobrecarregadas e muito estressadas. É necessário entender que quando uma criança com autismo tem um acesso de raiva sempre é por causa de alguma coisa, não é porque ela gosta de chamar atenção, é porque alguma coisa que aconteceu a deixou aflita, até atingir seu limite.

A todo momento sustento uma luta para fazerr o salto do percepção ao significado – J. G. T. Van Dalen –

Um vídeo que vai fazer você entender melhor

A campanha que a National Autistic Society lançou tem um slogan bastante claro: ‘Não sou uma criança mimada, tenho autismo’ é uma das frases dentro do slogan para ‘Too much information’ (Informação demais).

Trata-se de uma organização britânica que quer começar a ajudar as pessoas a entender com empatia as pessoas que tem autismo, mostrando explicitamente como estas percebem o mundo.

Quando uma criança com autismo recebe estímulos demais, ela pode entrar em colapso. Por isso, essa organização pretende fazer com que a sociedade comece a entender como as crianças e as pessoas com autismo veem o mundo, para evitar que outras pessoas peçam para que se retirem de um lugar público por como se comportam por causa do autismo. Muitas pessoas com autismo e suas famílias sentem que a sociedade não as compreende e que as isolam.

O cérebro de uma criança autismo ‘se conecta’ de forma diferente e pode parecer que tudo é caótico demais para ela. Elas sentem como se seus sentidos estivessem agindo ao mesmo tempo para poder entender toda a informação que recebem do exterior, uma informação que sentem como se fosse caótica demais e como se causasse um mal-estar muito grande em nível interno.

É por isso que chegou o momento da sociedade começar a se conscientizar sobre como as pessoas com autismo veem o mundo, a fim de parar de isolá-las, para que finalmente entendam o que significa para elas frequentar um lugar cheio de pessoas, barulho, luzes, cheiros, cores…

Todos os estímulos são sentidos de forma intensa. No vídeo de apenas 1 minuto e 24 segundos que compartilhamos abaixo, você poderá entender essa realidade pouco conhecida pelas pessoas em geral.

Todos os estímulos são sentidos de forma intensa. No vídeo de apenas 1 minuto e 24 segundos que compartilhamos abaixo, você poderá entender essa realidade pouco conhecida pelas pessoas em geral.

É necessário que a sociedade esteja consciente de que as crianças com autismo também fazem parte de nós e que é um trabalho de todos ajudá-las a se sentir melhor. Algumas estratégias são:

*Dar um tempo para que processem a informação

*Não ficar em volta dela quando tiver um ataque e não julgar a criança nem sua família

*Permitir um espaço de proteção e silêncio para que ela se tranquilize

*Perguntar se a família precisa de algum tipo de ajuda

*Pensar: o que você gostaria que fizessem se estivesse a ponto de explodir?

*Sentir empatia pela criança autista em vez de criticar a situação.

https://youtu.be/Lr4_dOorquQ

Como é falado ao final do vídeo: ‘Não sou uma criança ruim, sou autista e recebo muita informação’.  Não deixe de assistir o vídeo a seguir e, assim que acabar, reflita não apenas sobre o que o vídeo te faz sentir, mas também sobre o que uma criança autista sente quando precisa passar por esse tipo de situação diariamente, seja qual for o motivo.

Retirado do site "Sou mãe"

Por Psicopedagoga Margareth Anselmo
          Terapeuta da Aprendizagem

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